25 junho 2013

Com pedido de desculpas

Rectificação urgente

Por terrível lapso de um meu colaborador (nestas alturas convém sempre arranjar um mexilhão), a minha sugestão de ontem para o local da próxima reunião extraordinária do Conselho de Ministros foi ilustrada com uma foto da Penitenciária de Lisboa o que, compreensivelmente, gerou indignações diversas. Por isso, procedo hoje (ontem estive fors de Lisboa, mais precisamente no Pulo do Lobo e sem Net) à devida rectificação publicando, como deveria ter acontecido, a foto de um SPA em Palma de Maiorca. E esclareço que a referência à «minha chegada ao radicalismo verbal» tinha que ver a ideia de, numa situação de crise como esta, estar a «mandar» os nossos queridos governantes para o estrangeiro. Pelo sobressalto que estupidamente lhes causei, peço naturalmente desculpa aos animais domésticos dos membros do governo.

Um livro estrangeiro por semana

Dollarcracy

 Edição da Nation Books, 368 p., $18.45

Apresentação do editor:«Fresh from the first $10 billion election campaign, two award-winning authors show how unbridled campaign spending defines our politics and, failing a dramatic intervention, signals the end of our democracy. Blending vivid reporting from the 2012 campaign trail and deep perspective from decades covering American and international media and politics, political journalist John Nichols and media critic Robert W. McChesney explain how US elections are becoming controlled, predictable enterprises that are managed by a new class of consultants who wield millions of dollars and define our politics as never before. As the money gets bigger—especially after the Citizens United ruling—and journalism, a core check and balance on the government, declines, American citizens are in danger of becoming less informed and more open to manipulation. With groundbreaking behind-the-scenes reporting and staggering new research on “the money power,” Dollarocracy shows that this new power does not just endanger electoral politics; it is a challenge to the DNA of American democracy itself.»

24 junho 2013

Assinalando a minha chegada ao radicalismo verbal

Sugestão de local para a
próxima reunião extraordinária
do Conselho de Ministros


Esperando-se que, depois da entrada de Suas Excelências, alguém deite fora a chave, apenas exceptuando da situação daí decorrente a ministra Assunção Cristas, por razões detectáveis à vista desarmada.

O Banco de Portugal também lá está ?

Nunca tinha ouvido falar
desta entidade mas é fresca !



Aqui na Folha de S. Paulo

Também aqui no Expresso

Reino Unido

Mais uma história sombria
nos bastidores da austeridade ?




O meu rudimentar inglês não dá para perceber os exactos contornos da história. Mas, com esta ressalva, aqui fica a notícia completa para os leitores que não tenham este handicap.

Cartoons

O grande Jeff Danziger,
a espionagem ...



 e o IRS
Este cartoon representa o meu agradecimento pessoal ao governo PSD-CDS por, a um agregado familiar de rendimentos nada vistosos e semelhantes aos de 2011, ter feito pagar agora, por comparação com o pago em 2012, mais 770 euros de IRS !


23 junho 2013

Não esquecer que estas coisas são relativas

De que falamos quando
falamos de "classe média" no Brasil ?



Numa altura em que, sem conta nem medida nem rigor, quase toda a gente passou a falar da «classe média» no Brasil e da sua ascensão, o blogue «a essência da pólvora» prestou o assinalável serviço público de publicar um gráfico do Wall Street Journal sobre a decomposição da população brasileira segundo escalões de rendimento.
Ora, eu próprio, há algum tempo quandio os jornais brasileiros fizeram manchetes anunciando que a classe média do país havia ultrapassado os 50% da população, já havia aqui chamado a atenção para que, sem ignorar as mudanças positivas verificadas, tanto os conceitos de pobreza como de «classe média»  são relativos de país para país e que, para uma paridade de 1 euro = 2,9 reais, isso significava então no que no Brasil quem ganhar muito menos (1000 reais = 330 euros) que o salário mínimo português já está no topo da «classe média»ou mesmo na «classe alta». Aliás, bem me lembro que vai talvez para 20 anos que, quando o reputado jornalista brasileiro Caco Barcelos esteve em Portugal e deu uma entrevista ao Avante! muito estranhei eu a sua afirmação de que no Brasil havia 30% de ricos porque, para mim, tirando talvez o Brunei, não havia no mundo nenhum país com 30% de ricos. Esta afirmação era pois manifestamente uma decorrência dos critérios relativos usados no Brasil. E pronto mas já agora e no mesmo sentido sublinhado por «a essência da pólvora», talvez tantas referências à «classe média» brasileira» não nos devessem fazer esquecer que talvez 80% ou mais dela devem ser trabalhadores assalariados.

Para o seu domingo, 34 anos depois

Recordando The Ballad of
Lucy Jordan por Marianne Faithfull

22 junho 2013

Para o candidato e porta-voz do PS

Olha, só três perguntas

Segundo se pode ler aqui, o candidato do PS à Câmara de Setúbal (e também porta-voz do seu partido) debitou na Convenção Autárquica do seu partido um chorrilho de acusações ao PCP que, por milagre, só terá escapado à responsabilidade pelo terramoto de 1755 e pelo afundamento do Titanic. Não vou gastar cera com tão ruim defunto. Mas, já que ele definiu « os "acordos" locais PCP/PSD como sendo "vodka com laranja", deixo apenas aqui três inocentes perguntas ao citado candidato do PS:

- a primeira é se ele me sabe explicar que nome é que  dá, em termos de bebida e entre outros exemplos, à quantidade de anos  em que João Soares foi vereador com pelouro na Câmara de Sintra de presidência PSD;

- a segunda é se ele já ouviu falar de um camarada seu chamado Mata Cacéres e das saudades que a sua gestão autárquica deixou em Setúbal;

- e a terceira é se ele já era nascido quando em 1985, já com Cavaco Silva como líder do PSD, o PS e o PSD concretizaram cerca de 40 coligações eleitorais (disfarçadas: um concorria para a CM, outro para a AM) autárquicas contra a APU em municipios onde esta detinha a maioria.

P.S.: Ao contrártio do que aconteceu na edição online, já a peça de Nuno Sá Lourenço no "Público" impresso não deu por nada. 

Quem disse que o governo não cria empregos ?

É aproveitar !