16 outubro 2015

Ainda não chegámos à Madeira

Expliquem-me
porque não entendo



No meio da revoada  de manobras de intoxicação e contra-informação que por aí anda, eu não cometo obviamente a prosápia, a inconveniência e a imprudência de tentar desvendar ou ajuizar sobre o que se discute - conteúdos e fórmulas - à esquerda da direita.

Mas não posso ficar calado quando vejo insistentemente na comunicação social a ideia de que que Cavaco Silva poderá indigitar Passos Coelho para formar governo sem lhe exigir quaisquer garantias de estabilidade e durabilidade mas, se houver a aprovação de uma moção de rejeição do programa do seu governo, só indigitará António Costa se este lhe der garantias de dispor de uma base maioritária de apoio parlamentar e que, ainda por cima, tenha uma durabilidade de quatro anos (a crise do «irrevogavel» não mostrou que a vida política pode ter surpresas que põem em risco todas as juras de bom entendimento ?).

Por favor, entendamo-nos : eu acho que PS, PCP e BE têm todo o direito de decidir livremente os conteúdos, fórmulas  e duração de um seu desejável acordo e cada um de nós pode ter as suas preferências sobre o que consideraria melhor.

Mas, aqui é que bate o ponto, considero uma arbitrariedade politica e uma entorse constitucional de bradar aos céus que o PR porventura venha a exigir de um segundo indigitado aquilo que nem por sombras exigiu ao primeiro.

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