05 novembro 2013

Exclusivo «o tempo das cerejas»

Esta manhã, de súbito, 
uma senhora fila em Bruxelas



O correspondente de «o tempo das cerejas» em Bruxelas transmite-nos, afobado e excitado, que esta manhã se formou uma fila muito razoável de representantes de partidos portugueses junto às instalações dos «Verdes» (de Cohn-Bendit) no Parlamento Europeu em Bruxelas. Apesar de a pessoa  estar disfarçada com um bigode postiço e um chapéu de palha, o nosso correspondente jura que o detentor da primeira senha era Francisco Assis, como é sabido, talvez o deputado e dirigente do PS mais à esquerda.

9 comentários:

  1. chico assis é o deputado e dirigente do ps mais à esquerda? essa ironia confesso não alcançar. não me recordo de lhe ouvir ou ler uma única ideia levemente canhota e a outros camaradas seus dele (isabel moreira, joão galamba, delgado alves, duarte cordeiro, pedro nuno santos, alegre, ferro rodrigues, pedroso, ramalho, os próprios soares) já ouvi.

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    1. Sei lá, amigos meus genuinamente de esquerda defendem-me tanto o António Costa dizendo-me que está à esquerda do Seguro, que às tantas alguém que respeito intelectualmente podia andar distraído com este.

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  2. Quando é que o Rui passa a assinar "Rui Tavares-Rico"? :-) :-)

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  3. O patetinha do Rui Tavares sabe que não tem hipóteses nenhumas de formar um partido a tempo de concorrer às europeias.

    As dificuldades nem sequer são de tempo, são sobretudo políticas. O grupo que anda há anos a falar da criação do novo partido, para pretensamente desbloquear a esquerda, dividiu-se em frações inconciliáveis em várias questões de fundo, como por exemplo a atitude face ao euro.

    Por exemplo, Jorge Bateira defende a saída imediata do euro, Rui Tavares defende agora, sem rebuços, a manutenção do euro. O primeiro é soberanista, o segundo europeísta. O compromisso tornou-se impossível.

    Por outro lado, o PS vai de vento em popa nas sondagens e ninguém da sua presumível "ala esquerda", como Ana Gomes, Galamba, etc., trocaria esse barco seguro por outro que não sai do estaleiro nem, muito provavelmente, da fase de projeto.

    Finalmente, outros que acalentavam a ideia, como Daniel Oliveira, para quem o BE se tornou demasiado pequeno, não estão dispostos a encerrar as suas ambições numa caixinha ainda mais pequena.

    Resultado, o feixe de contradições políticas e pessoais do grupo que, nesta conjuntura política, poderia lançar essa aventura inviabiliza a constituição da necessária massa crítica eleitoral.

    No fundo, no fundo, todos percebem do que se trata nesta precipitada iniciativa do Tavares. Uma tentativa isolada, e num certo sentido desesperada, de se manter no poleiro europeu.

    Na verdade, nem o próprio acreditará no novo partido, a tempo das europeias. O que ele quer é outra coisa. É constituir um lobby que lhe permita negociar a sua inclusão na lista de outros partidos, um pouco à semelhança do que fizeram, nos seus tempos, a plataforma de esquerda, a Renovação Comunista e outro grupos de ex-comunistas.

    E quem poderia candidatar Rui Tavares? O BE, apesar de tudo? Muito pouco provável, a traição de Tavares deixou demasiadas marcas e, contra a opinião do Louçã, ninguém se candidata. Os Verdes alemães? Talvez, mas nunca em lugar minimamente elegível, o que não interessa ao Tavares.

    Só resta o PS. Mas aí o problema é outro. Esse circo já tem demasiados palhaços, e demasiados candidatos a palhaços, e Rui Tavares, que pode ter granjeado algumas simpatias (genuínas ou interesseiras, como no caso de Assis) mas integrou outra família política (de início o grupo de esquerda, depois os verdes europeus), arrisca-se a ter que ir lá para o fundo da fila de espera.

    É, os tempos andam conturbados e a vida também não está fácil para oportunistas como o Tavares, que antes alardeava o seu anarquismo e hoje se agarra como uma lapa ao cargo parlamentar.

    HM

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  4. Ao Rui Tavares já só lhe falta um passo: um programa político feito também aprovado em directas, onde cada um escreva o que mui bem entender. Assim ficará definitivamente "aberto" à "sociedade", seu grande "desígnio" eleitoralista!
    Agora e sem ironias, o Assis só é "ultrapassado à esquerda" pelo Luís Amado, este ciático ex-ministro. Os 3 fariam uma bela troika!

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  5. "O meu reino por um cavalo, digo, por um lugar de deputado europeu!"

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  6. E os mais "acérrimos defensores da esquerda portuguesa" lá vão trabalhando para a destruir. Mas "não passarão".

    Um beijo.

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