20 janeiro 2012

Admiráveis progressos !

Não, não é o Occupy
Wall Street
 a chegar a Portugal

Hoje, no Público pode ler-se: «O fecho das urgências do hospital Curry Cabral no final de Dezembro, inserida na reorganização da rede hospitalar em Lisboa, está a criar muitos problemas no Hospital de Santa Maria. Uma fonte próxima da principal unidade do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) disse mesmo ao PÚBLICO que “o Hospital de Santa Maria virou um autêntico hospital de campanha” nos serviços de internamento, “porque é o cenário que mais se assemelha à realidade vivida nestes serviços nos últimos tempos”, principalmente durante o fim-de-semana e às segundas-feiras. “Nos últimos anos, a taxa de internamento dos referidos serviços já tem vindo a ser superior a 100%, ou seja, para além das camas atribuídas para o internamento, também são internados utentes numa maca ao longo do corredor do serviço. No entanto, desde há uns tempos para cá que existe uma elevada adesão de utentes ao hospital e por consequência, um elevado número de internamentos hospitalares”, revelou a mesma fonte, salientando que na passada segunda-feira “estavam completamente a abarrotar”. “Além dos 21 utentes que podem receber em camas no internamento, quase todos os serviços estavam com 10 utentes internados ao longo do corredor numa maca”, acrescentou. (...)

Feita a transcrição, que mais posso acrescentar ? Primeiro que, a avaliar pela notícia, muitos anos depois de o problema aí ter sido finalmente resolvido, parece termos regressado ao drama das urgências do Hospital de S. José, onde muitos como eu tiveram a indignada experiência de ver familiares seus em macas nos corredores e com um indizível sentimento de abandono nos olhos. Segundo, que por circunstâncias de localização, assisti dia a dia à construção da urgência do Curry Cabral e fui muitas vezes, por via directa ou indirecta, seu utente, sabendo bem do imenso movimento e utilidade que tinha. E, terceiro, como eu não me consigo lembrar exactamente do ano da sua construção, era bom que alguém explicasse para quantos anos de funcionamento acabou por servir aquele investimento.

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