24 novembro 2016

Contagem a chegar ao fim

Encerrando o assunto,
uma observação amarga





Sim, despeço-me deste assunto, com uma observação amarga. Trata-se de afirmar que nunca tive nenhuma dúvida de que Hillary é uma belicista, uma lídima representante dos interesses de Wall Street e do «establishment» e que isto  seria sempre verdade, fossem quais fossem os seus resultados eleitorais.

O que me chocou profundamente foi ver sectores e personalidades de esquerda, em Portugal e nos EUA, a crucificarem H. Clinton invocando a sua «estrondosa derrota eleitoral», lembrando «o vendaval Trump» e alinhando noutras fantasias quando ela acaba por ter mais dois milhões de votos que Trump que é o único dado que exprime a real vontade dos americanos que foram às urnas. É que nenhuma crítica política lúcida ou promissora se pode basear em premissas falsas.

E assim, seja para equiparar Hillary a Trump ( o que, no plano da política interna é um absurdo), seja alegadamente para desacreditar o «sistema», muito boa gente de esquerda, ao desprezar os votos populares nas presidenciais norte-americanas, perdeu uma oportunidade soberana de pôr em evidência uma fraude congénita da «grande democracia americana».

3 comentários:

  1. Hillary Clinton não foi uma boa escolha dos democratas para estas eleições. A fraude da vitória eleitoral nas primárias, contra Bernie Sanders, incluiu mortes mal explicadas de democratas anti-Hillary. Dentro dos apoiantes de Hillary estavam membros da junta que governou durante os mandatos de George W. Bush. A própria Hillary errou na campanha e esqueceu os estados de Wisconsin, Michigan e Pensylvania, onde Sanders ganhou nas primárias. Os sectores mais progressistas americanos têm esta perspectiva das eleições.
    A vitória de Trump, foi também um protesto de votantes (sem cultura política) contra Hillary Clinton.
    A fraude desta democracia americana está a chegar ao fim. Há uma crise enorme de valores e das próprias instituições. Tudo poderá acabar numa guerra civil.

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  2. Isto the proporcionalidade truncada e muito, é o normal de todas as "democracias parlamentares" de hoje em dia. Onde a proporcionalidade é menos truncada como em Portugal, tudo foi feito para que a chamada "geringonça" náo pudesse funcionar. Mas aqui perderam!

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  3. Para o Vítor apreciar:
    https://www.youtube.com/watch?v=4nvIxs3HoCo
    Espero que goste.
    Abraço

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