21 dezembro 2011

Novas da cruzada pelo federalismo

Uma proposta para
Paulo Rangel levar ao PSD


Em artigo de opinião no Público de ontem, Paulo Rangel, deputado do PSD ao PE, prosseguia a sua litania sobre o fim das soberanias nacionais e a excelência do federalismo europeu, salientando designadamente: «Ora, esta insistência na vontade democrática dos povos, apurada unicamente no quadro das fronteiras estatais, em que cada povo se toma por soberano, está largamente desajustada da realidade política global dos nossos dias (...)Num universo político com estas feições, o peso e o sentido do voto dos cidadãos - do voto de um povo - no quadro da sua colectividade estatal, perdeu efectividade, perdeu relevância, perdeu poder.(...)».

Não, não e não, desta vez não venho lembrar como seriam excelentes os pináculos federalistas em que a mais pequena transformação progressista em cada país da UE ficaria dependente da simultânea vontade eleitoral de mais de metade de 500 milhões de eleitores. Nem venho manifestar a esperança que alguns só voltem a descobrir o gravíssimo problema da distância entre os cidadãos e os centros europeus de poder efectivo quando proximamente Marine Le Pen tiver entre 15 e 2o% nas próximas presidenciais francesas.

Não, nada disso. Venho só sugerir que Paulo Rangel seja coerente até ao fim e se bata com denodo para que estas suas ideias, e todas as suas consequências, venham a ser o núcleo central do discurso e da campanha eleitoral do PSD em próximas eleições legislativas.

É que me estava a apetecer assistir a um funeral eleitoral assim.

2 comentários:

  1. Em tempo de eleições, mudam-se as vontades para continuar com as primeiras após a "vitória".

    Um beijo.

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  2. Para ti
    tudo pelo melhor

    neste Inverno descontente

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